DENGUE, CHICUNGUNYA E ZIKA
Plano Nacional de Enfrentamento
Mobilização contra a microcefalia
O Governo Federal está mobilizado para enfrentar o aumento de microcefalia no país. O crescimento dos casos está associado ao Zika vírus, uma doença que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. É uma situação inédita no mundo e que reforça a importância de eliminar os criadouros do mosquito, que também transmite dengue e Chikungunya.
Em uma ação emergencial para conter novos casos de microcefalia, oferecer suporte às gestantes e aos bebês e intensificar as ações de combate ao mosquito, o Governo Federal criou o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia. Diferentes ministérios e órgãos do governo estão trabalhando conjuntamente, em parceria com estados e municípios. É uma luta que precisa do envolvimento de todos os setores da sociedade.
O crescente número de casos de microcefalia no país é um problema grave que levou o Ministério da Saúde a declarar Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Desde então, o governo federal está mobilizado para estudar e controlar a situação.
Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia
Objetivo
Reduzir o índice de infestação por Aedes aegypti para menos que 1% nos municípios brasileiros, para diminuir o número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito.
Reduzir o índice de infestação por Aedes aegypti para menos que 1% nos municípios brasileiros, para diminuir o número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito.
Metas
- Intensificação da Campanha: dezembro de 2015 a junho de 2016;
- Inspecionar todos os domicílios e instalações públicas e privadas urbanas até 31 de janeiro de 2016;
- Intensificar as visitas de controle do mosquito com visitas mensais até fevereiro e bimestrais a partir de março.
O Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia trabalha em três frentes: prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, melhoria da assistência às gestantes e crianças e a realização de estudos e pesquisas nessa área. A Zika é uma doença pouco conhecida pela ciência. Conhecer esse vírus poderá ajudar no seu enfrentamento.
Três frentes de trabalho
- Mobilização e Combate ao Mosquito
- Atendimento às Pessoas
- Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa
I - Mobilização e Combate ao Mosquito
O combate ao mosquito Aedes aegypti é fundamental para o controle do surto de microcefalia. Para a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, será instalada a Sala Nacional de Coordenação Interagências, que funcionará no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), no Ministério da Integração Nacional. Também serão instaladas salas estaduais, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública (PM e Bombeiros), Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.
Serão realizadas mobilizações com agentes comunitários de Saúde, agentes de combate a endemias, além de outros atores, para orientação e controle do vetor nas residências. Para isso, o Governo Federal vai adquirir e disponibilizar equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas e garantir a compra dos insumos.
Para envolver a sociedade no combate ao mosquito, professores, alunos e familiares vinculados ao Programa Saúde na Escola, ligados às universidades públicas e privadas e institutos federais, serão incentivados a participar das atividades de prevenção e eliminação do vetor. Também serão realizadas ações de mobilização entre os profissionais e usuários dos Centros de Referência de Assistência Social, da rede de segurança alimentar e beneficiários do Bolsa Família.
Ao mesmo tempo, está prevista a capacitação de profissionais de saúde, da educação, assistência social, defesa civil e militar, além de profissionais de reabilitação e os especializados em resposta epidemiológica e equipes de saúde da família. Serão habilitados, ainda, profissionais de saúde das maternidades para triagem auditiva neonatal e dos 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública Estaduais para realização de exame para identificação do vírus Zika.
II – Atendimento às Pessoas
Para garantir o cuidado adequado às gestantes e bebês, o Ministério da Saúde desenvolveu o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. Além disso, o Ministério da Saúde vai ampliar a cobertura de tomografias e apoiar a criação de centrais regionais de agendamento dos exames.
Para tratar dos bebês com a malformação, será ampliado o atendimento do plano Viver sem Limite, voltado ao atendimento a pessoa com deficiência, com a implantação de novos centros de reabilitação, além dos 125 já existentes. O Ministério da Saúde também irá equipar 737 maternidades para a realização do exame PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico), bem como capacitar os profissionais dessas unidades.
Profissionais da Atenção Básica e os 18.240 médicos do Programa Mais Médicos também serão envolvidos nas ações de promoção, prevenção e assistência aos pacientes. Mais de 4 milhões de Cadernetas da Gestante – com orientações fundamentais ao pré-natal – e 10 milhões de testes rápidos de gravidez serão enviados às unidades de saúde.
III – Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa
Em uma ação permanente de geração de conhecimento, o Governo Federal vai incentivar a realização de pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias para o diagnóstico do vírus Zika e fomentar pesquisas para o controle do mosquito Aedes aegypti, com técnicas inovadoras.
O vírus Zika, o comportamento da doença e suas correlações também serão objeto de estudos. Outra área que será estudada é a microcefalia, outras malformações congênitas e a síndrome de Guillain-Barré. Também serão investidos esforços para iniciar o desenvolvimento da vacina contra o vírus Zika.
Medidas já adotadas
O Ministério da Saúde mantém equipes treinadas e preparadas para atuar no enfrentamento da microcefalia. Já foram encaminhados técnicos para acompanhar a situação nos estados; feitas reuniões periódicas com as secretarias de saúde dos estados e municípios e divulgadas notas com orientações para gestores e profissionais de saúde. Também foi formado grupo de especialistas para estudar os casos, além da troca de informações constantes com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS).
Todos os ministérios envolvidos e as Forças Armadas também já estão em ação em Pernambuco, com 200 militares capacitados e mais 800 em treinamento. Além disso, estão em andamento o fortalecimento e aperfeiçoamento dos sistemas de informações composto de sistemas de notificação, aplicativos e boletins.
Comunicação com a população
Como forma de mobilizar a sociedade e garantir que a população tenha informações confiáveis e atualizadas, foi desenvolvido um Plano de Comunicação. Estão previstas intervenções em espaços públicos, estandes em eventos, produção de peças gráficas como encartes educativos, folders, filipetas, gibis. Está em elaboração uma campanha publicitária voltada a gestantes e mulheres em idade fértil, de forma a manter a população informada de riscos e meios de prevenção da doença.
Serão desenvolvidas ações nas redes sociais, seminários online, além da criação de hotsite específico para a informação da sociedade, profissionais de saúde e gestores. Comunidades e líderes religiosos serão convidados para parcerias em mutirões de mobilização. Caravanas nos estados com maior registro da doença também serão realizadas para mobilizar gestores, líderes comunitários, imprensa e a sociedade.
Serão desenvolvidas ações nas redes sociais, seminários online, além da criação de hotsite específico para a informação da sociedade, profissionais de saúde e gestores. Comunidades e líderes religiosos serão convidados para parcerias em mutirões de mobilização. Caravanas nos estados com maior registro da doença também serão realizadas para mobilizar gestores, líderes comunitários, imprensa e a sociedade.
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