segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brasil é Tetra e Penta....

O campeão voltou! Brasil atropela a Espanha no Maracanã: 3 a 0
 
Vitória, com dois gols de Fred e um de Neymar, dá à Seleção seu quarto título da Copa das Confederações. Espanha estava invicta há 29 jogos
  • 0" do 1º tempo, Lance

    Confira os melhores momentos de Brasil 3 x 0 Espanha...
  • 1" do 1º tempo, Gol

    GOOOOOOOOOOOOL ÉÉÉÉÉÉ DO BRAAAAASIL!!!...
  • 6" do 1º tempo, Lance

    Torcida canta "O campeão voltou" no Maracanã!...
 
A CRÔNICA
por Alexandre Alliatti
Não tem balança que defina o peso de uma camisa. Tradição não se mede com uma régua, não se calcula com uma máquina. Mas existem Campeões, com letra maiúscula, e campeões. Existem Seleções, com letra maiúscula, e seleções. E existem pentacampeões. Com vitória de 3 a 0 no Maracanã, o Brasil mostrou ao (ex?) melhor time do mundo que não é da noite para o dia que cinco estrelas vão parar em um peito. Fred, destruidor, marcou duas vezes. Neymar, eleito o melhor em campo, fez o outro. O Brasil é campeão da Copa das Confederações pela quarta vez. Campeão em uma noite em que a torcida resumiu tudo ao gritar:
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- Ôoooo, o campeão voltou! O campeão voltou!

O campeão voltou jogando um absurdo. David Luiz talvez tenha feito a melhor partida da vida. Neymar foi infernal como poucos sabem ser. Hulk assinou seu atestado de permanência no time. E Fred foi Fred, foi matador, foi aquele sujeito que nasceu para vestir a 9.
Um dia cairia a casa da Espanha, esse timaço que tanto, e a tantos, encantou nos últimos anos. A Roja não perdia há 29 partidas - consideradas as oficiais. Pois aconteceu justamente contra um adversário no qual eles mesmos se espelham, contra a escola que, não por acaso, é chamada de “jogo bonito”. A Espanha, que certamente seguirá forte na Copa de 2014, foi engolida em campo. Não é exagero: foi um passeio, um baile, um chocolate. Uma vitória que a torcida novamente soube resumir:

- Oooooooooolé! Oooooooolé! Oooooooolé!

Um atropelamento
Fred é um caso para se estudar. Ele faz gol de pé – aos montes. Faz gol no ar – às pencas. Mas, cá entre nós, gol deitado não é em toda lua cheia que sai. Que gol. Que gol. Eram só dois minutos do primeiro tempo. Do concreto cheirando a novo do Maracanã, parecia pulsar um organismo vivo, como se o estádio fosse, por si só, um torcedor – o maior dos torcedores.
Fred gol final Brasil Espanha (Foto: Reuters)
Fred ganha beijo de Neymar após marcar: Brasil pula na frente logo no início (Foto: Reuters)

Hulk recebeu da direita e mandou na área, enquanto urros de otimismo saíam das cadeiras. Fred foi na jogada. Neymar também. O camisa 9 desabou no chão. E a bola, companheira como o mais fiel dos cães, resolveu se aninhar nele. Reparemos que o jogador tinha um milésimo de segundo para pensar, feito o sujeito que precisa decidir se corta o fio azul ou o vermelho na hora de desativar uma bomba prestes a explodir. Fred foi ágil. Foi decidido. Deitado, no pequeno espaço de campo onde estava, encaixou o pé sob a bola e a ergueu. Casillas foi vencido. Gol do Brasil. Gol de Fred.
Ah, aí o Maracanã entrou numa euforia que parecia guardada nos três anos em que o estádio ficou fechado. Por uns 15 minutos, a Espanha pareceu atordoada. Paulinho, por cobertura, quase fez um gol histórico, mas Casillas salvou. Arbeloa, logo depois, levou amarelo ao evitar arrancada de Neymar que fatalmente renderia gol. Era impressionante a superioridade do Brasil.
 
Neymar comemoração gol final Brasil Espanha (Foto: AP)Neymar agradece aos céus: ele foi eleito o melhor em campo na grande final (Foto: AP)
 
Do outro lado, porém, estava a Espanha. Aos poucos, a Fúria começou a reagir. Voltou a ter mais posse de bola – uma tatuagem de seu futebol. Deu sinais de que poderia empatar. Iniesta bateu de fora da área, e Julio César espalmou. Pedro, livre pela direita, bateu cruzado após passe de Mata, e David Luiz (enorme em campo) cortou quase em cima da linha.
A Espanha se acalmou, entrou no jogo, enfrentou o Brasil. Mas a Seleção jamais deixou de buscar o segundo gol. Fred bateu cruzado, para fora. Também tentou de cabeça, novamente fora do alvo. E recebeu livre, frente a frente com Casillas, mas chutou em cima do goleiro.
Enquanto isso, Neymar era arisco, envolvente, agudo. Participava dos ataques. Parecia bufar em busca de um gol. E conseguiu. Foi aos 44 minutos. Pegou a bola pela esquerda, acionou Oscar e recebeu de volta. Bom lembrar que os dois foram muito inteligentes. Primeiro o camisa 11, que, ao perceber Neymar impedido no lance, prendeu a bola. Depois, o camisa 10, ao recuar para sair da posição irregular. Foi quando Oscar rolou na medida, e Neymar nem pensou: já emendou um chute seco, forte, no ângulo. Casillas vai passar o resto da vida procurando a bola. Que pancada: 2 a 0.

Festa completa: mais um de Fred

 Gerard Pique cartão vermelho final jogo Espanha Brasil (Foto: Reuters) 
Piqué expulso por falta em Neymar. Brasil muito
superior em campo (Foto: Reuters)

E não é que tinha como ficar melhor? Veio o segundo tempo, e o Brasil logo fez mais um. Com Fred, sempre com Fred. Aos dois minutos, Hulk acionou Neymar, que teve inteligência para dar, vender e emprestar ao deixar a bola passar para o centroavante. A conclusão foi precisa, no cantinho. Casillas ainda tocou nela. Em vão: era o terceiro gol.
Acabou. A Espanha, por melhor que seja, por mais talento que tenha, não poderia virar. Mas bem que tentou. Aos oito minutos, Marcelo fez pênalti em Navas. Poderia ser a sobrevida do adversário, não fosse esse domingo um dia dedicado ao Brasil. Sergio Ramos bateu. Para fora. A torcida vibrou como se fosse gol.
O Brasil seguiu atacando. A Espanha também. Em uma arrancada verde-amarela, Piqué derrubou Neymar, seu futuro colega de Barcelona, e foi expulso. Estava aberto o caminho para mais gols.
Mas eles não saíram. O Brasil teve outras chances, inclusive em contra-ataques com quatro jogadores contra dois. Falhou em um detalhe ou outro – um conforto permitido àqueles que têm a vitória nas mãos. A Espanha, com Villa em campo, teve honradez para sempre buscar seu gol, como se estivesse 0 a 0.
Inútil. Era a noite da queda dos grandes campeões mundiais, dos grandes bicampeões europeus. Acima de tudo, era a noite do retorno do maior campeão.
 
jogadores brasil comemoração final copa das confederações (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Jogadores festejam em campo após o apito final (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 
 
estatísticas
BRA
ESP
faltas cometidas
  • 27
    faltas cometidas
    • Daniel Alves 7
    • Luiz Gustavo 4
    • Thiago Silva 3
    • Neymar 3
    • Oscar 3
    • Paulinho 3
    • Marcelo 2
    • Fred 1
    • David Luiz 1
  • 16
    faltas cometidas
    • Sergio Ramos 3
    • Fernando Torres 2
    • Busquets 2
    • Jesús Navas 2
    • Pedro 2
    • David Villa 1
    • Arbeloa 1
    • Piqué 1
    • Mata 1
    • Jordi Alba 1
passes errados
  • 36
    passes errados
    • Neymar 9
    • Marcelo 7
    • Fred 5
    • Thiago Silva 4
    • Oscar 3
    • Hulk 2
    • David Luiz 2
    • Luiz Gustavo 2
    • 1
    • Paulinho 1
  • 28
    passes errados
    • Iniesta 7
    • Sergio Ramos 4
    • Pedro 4
    • Casillas 2
    • Xavi 2
    • Arbeloa 2
    • Mata 2
    • Fernando Torres 1
    • David Villa 1
    • Busquets 1
    • Jordi Alba 1
    • Azpilicueta 1
finalizações | 14 - 16
  • na trave
    1
  • foi gol3 - 0
    2
  • defendida4 - 6
    3
  • bloqueada1 - 3
    4
  • para fora6 - 7
    5
assistências realizadas
  • 2
    assistências realizadas
    • Hulk 1
    • Oscar 1
  • 0
defesas difíceis
  • 3
    defesas difíceis
    • Julio César 3
  • 3
    defesas difíceis
    • Casillas 3
gols da partida | 3 - 0
  • chute dentro da área3
      • Fred
      • Fred
      • Neymar
    item 3
impedimentos marcados
  • 2
    impedimentos marcados
    • Jadson 1
    • Oscar 1
  • 001/07/2013 01h17- Atualizado em 01/07/2013 01h59

    Neymar exalta grupo da Seleçãoapós título: 'Ambiente maravilhoso'

    Atacante diz que jogo contra a Espanha, na final da Copa das Confederações, foi o melhor do Brasil desde que fez sua primeira partida, ainda em 2010

    Por SporTV.comRio de Janeiro, RJ
     
  • Mais uma "família Felipão" está criada. A seleção brasileira conquistou a Copa das Confederações neste domingo depois de ficar reunida 32 dias, entre treinos, jogos e viagens, tempo suficiente para ganhar entrosamento tanto dentro como fora de campo. Depois da vitória inquestionável por 3 a 0 do Brasil diante da Espanha, Neymar destacou que, mesmo com tanto tempo junto, com o risco de criar uma impaciência no grupo, o que se viu foi um ambiente "maravilhoso" no elenco formado pelo técnico Luiz Felipe Scolari.
    - Foram (32 dias) de muito alegria e muita descontração por ser um grupo maravilhoso, com todo mundo de alto astral todo dia. Mesmo acordando cedo (risos). Todo mundo sabe que é ruim ficar muito tempo junto, que vai ficando de saco cheio, mas esse ambiente foi maravilhoso. Acho que isso foi o mais importante para que a gente conseguisse chegar ao título e fechar com chave de ouro numa bela partida.
    saiba mais
    O atacante do Barcelona diz estar ciente de que entrou, ao lado dos companheiros, para a história da Seleção, principalmente com um título conquistado no Maracanã, estádio mais emblemático do país.
    - Não só eu, mas todo o grupo (se sentiu como se tivesse feito história). Quem não sonhava com uma final no Maracanã, jogando muito bem, e vencendo uma seleção que é a melhor do mundo? Hoje foi um dia para ficar marcado.

  • Lucas, Thiago Silva, Neymar e Fred comemoração Brasil taça (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
  •  
  • Lucas, Thiago Silva, Neymar e Fred comemoram título com a taça na mão (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
    Neymar fez seu primeiro jogo pela seleção brasileira em agosto de 2010, com Mano Menezes no comando, quando o Brasil venceu os Estados Unidos. Após a vitória contra a Espanha, o jogador avaliou o duelo final da Copa das Confederações como o melhor jogo que participou pela Seleção.
    - Foi o melhor jogo sim, por ser contra uma grande seleção, que a gente sabia que ia encontrar muitas dificuldades, mas hoje todo mundo se superou e está de parabéns.
    Mesmo diante de uma Espanha campeã do mundo e bicampeã europeia, o Brasil demonstrou não se impressionar. Neymar lembrou que a força da seleção brasileira é suficiente para se impor diante de qualquer adversário.
     
  • - A gente acreditou muito, confiou na nossa equipe, um no outro. Sabíamos da grande seleção que é a Espanha, mas nós somos a seleção brasileira. Temos jogadores fantásticos.
    Apesar da vitória convincente, o jogador não acredita que ela se transformará num recado para as demais seleções do mundo.

  • - Calma, vamos manter os pés no chão, fizemos um belo campeonato, fechamos com chave de ouro com uma grande vitória, mas vamos manter os pés no chão. Estamos no caminho certo, é o começo de um trabalho, a gente precisava desse tempo para treinar, isso melhorou muito.
    O próximo compromisso do Brasil é no dia 14 de agosto, num amistoso com a Suíça, na Basileia, às 16h (de Brasília).
roubadas de bola
19
ladrões
  • Luiz Gustavo 7
  • Daniel Alves 3
  • Paulinho 3
  • David Luiz 2
  • Oscar 2
  • Thiago Silva 1
  • 1
13
ladrões
  • Busquets 5
  • Piqué 3
  • Sergio Ramos 1
  • Mata 1
  • Pedro 1
  • Jordi Alba 1
  • Azpilicueta 1
 
 
 

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